Movimentos internacionais de inovação no domínio jurídico e a relevância de seus princípios para a sociedade e para a área de Organização e Representação do Conhecimento

Autores

Palavras-chave:

Organização do conhecimento, Representação do conhecimento, Inovação, Informação jurídica, Linguagem jurídica

Resumo

Resumo informativo de uma tese de doutorado em andamento no curso de Pós-Graduação em Gestão e Organização do Conhecimento da Universidade Federal de Minas Gerais. A tese aborda os movimentos de inovação Plain Language (Linguagem Simples), Legal DesignVisual Law, analisando a relevância social de seus princípios e suas aplicabilidades no campo de Organização e Representação do Conhecimento (ORC). O objetivo da tese é propor uma metodologia para compatibilizar a linguagem da especialidade do Direito com a linguagem simples nos produtos e serviços de informação jurídica. Adicionalmente, busca-se identificar as contribuições dessa compatibilização para os cidadãos e para a ORC. O problema de pesquisa é traduzido pelas seguintes questões: “É possível compatibilizar a linguagem da especialidade do Direito com a linguagem simples e utilizá-la nos produtos e serviços de informação jurídica? Quais contribuições dessa compatibilização para os cidadãos e para a ORC?”. Com abordagem qualitativa, descritiva, exploratória e empírica, a metodologia adotada é o Design Thinking. Os resultados indicam que a metodologia proposta pode ser aplicada, com adaptações, a outros domínios do conhecimento. Além disso, a pesquisa oferece contribuições e abordagens inovadoras à ORC, pois discute teorias e metodologias ainda incipientes nessa área.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

ALBI, A. B. ¿Qué se entiende por lenguaje jurídico? In: ALBI, Anabel Borja. El texto jurídico inglés y su traducción al español.Barcelona: Editorial Ariel S.A, 2000. cap. 1, p. 11-16. (Ariel Lenguas Modernas).

ATIENZA, C. A. Documentação jurídica: introdução á análise e indexação de atos legais. Rio de Janeiro: Achiamé, 1979.

BALMFORD, C. Plain language: beyond a movement. In: BIENNIAL CONFERENCE OF THE PLAIN LANGUAGE ASSOCIATION, n. 4. 2002, Washington, DC.

BARBOZA, E. M. F. A linguagem clara em conteúdos de websites governamentais para promover a acessibilidade a cidadãos com baixo nível de escolaridade. Inclusão Social, Brasília, DF, p. 52-66, jul./dez. 2010.

BARITÉ, M. La garantía cultural como justificación en sistemas de organización del conocimiento: aproximación crítica. Palabra Clave, La Plata, v. 1, n. 1, p. 2-11, oct. 2011a.

BARITÉ, M. Sistemas de organización del conocimiento: una tipología actualizada. Informação & Informação, Londrina, v. 16, n. 3, p. 122-139, jan./jun. 2011b.

BARROS, L. A. Curso básico de terminologia. Editora da universidade de São Paulo, São Paulo, 2004a.

BARROS, L. V. Avaliação de fontes de informação para busca de documentos jurídicos na internet: uma reflexão à luz das cinco leis de Ranganathan e dos critérios de acessibilidade. Cajur - Cadernos de Informação Jurídica, Brasília, v. 6, n. 1, p. 222-233, jan./jun. 2019.

BARROS, L. V. Fontes de informação jurídica. In: PASSOS, Edilenice (org.). Informação jurídica: teoria e prática. Brasília: Thesaurus, 2004b, p. 201-225.

BERGER-WALLISER, G.; BARTON, T. D; HAAPIO, H. From visualization to Legal Design: a collaborative and creative process. American Business Law Journal, [s.l.], v. 54, n. 2, p. 347-392, Summer 2017.

BERMAN, D. Toward a new format for canadian legislation: using graphic design principles and methods to improve public access to the law. [s.l.]: Human Resources Development Canada; Justice Canada, 2000. 41 p. (Pilot Project).

BRÄSCHER, M.; CAFÉ, L. Organização da informação ou organização do conhecimento? In: ENCONTRO NACIONAL DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIA DA INFORMAÇÃO (ENANCIB), 9., 2008, São Paulo. Anais [...]. São Paulo: Ancib, 2008.

BRASIL. Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão. GESPÚBLICA: Programa Nacional de Gestão Pública e Desburocratização: fugindo do “burocratês”: como facilitar o acesso do cidadão ao serviço público. Brasília: Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão, 2016. 11 p.

BROWN, T. Design thinking: uma metodologia poderosa para decretar o fim das velhas ideias. Tradução de Cristina Yamagami. Rio de Janeiro: Alta Books, 2018. 298 p. (e-book).

BROWN, T. Design thinking: uma metodologia poderosa para decretar o fim das velhas ideias: as lições da IDEO para potencializar a inovação e conduzir sua empresa ao sucesso. Tradução de Cristina Yamagami e Carolina Gaio. Rio de Janeiro: Alta Books, 2020. 285 p. (e-book).

CABRÉ, M. T. La terminología hoy: concepciones, tendencias y aplicaciones. Ciência da Informação, Brasília, v. 24, n. 3, 1995.

CABRÉ, M. T. La Terminología, una disciplina en evolución: pasado, presente y algunos elementos de futuro. Debate Terminológico, [Porto Alegre], v. 1, 2005.

CARLAN, E.; BRÄSCHER, M. Fundamentos teóricos para elaboração de sistemas de organização do conhecimento. In: BAPTISTA, D. M.; ARAÚJO JÚNIOR, R. H. (org.). Organização da informação: abordagens e práticas. Brasília, DF: Thesaurus, 2015, p. 135-158.

CINTRA, A. M. M. Elementos de linguística para estudos de indexação. Ciência da Informação, Brasília, v. 12, n. 1, p. 5-23, 1983.

CINTRA, A. M. M. et al. Para entender as linguagens documentárias. 2. ed. São Paulo: Polis, 2002.

CUTTS, M. Oxford guide to plain english. 4. ed. Oxford: Oxford University Press, v. 1, 2013. 288 p.

DAHLBERG, I. Knowledge Organization: a new science? Knowledge Organization, v. 33, n. 1, 2006.

DAHLBERG, I. Knowledge organization: its scope and possibilities. Knowledge Organization, Frankfurt, v. 20, n. 4, p. 211-222, 1993.

DAHLBERG, I. Teoria do conceito. Ciência da Informação, Rio de Janeiro, v. 7, n. 2, p. 101-107, 1978. Tradução do Prof. Astério Tavares Campos (UNB).

EUROPEAN COMMISSION. Powering european public sector innovation: towards a new architecture report of the expert group on public sector innovation. Luxembourg: Publications Office oftheEuropean Union, 2013. 60 p.

FAULSTICH, E. Socioterminologia: mais que um método de pesquisa, uma disciplina. Ciência da Informação, Brasília, v. 24, n. 3, 1995.

FEITOSA, A. L. G. A integração entre sistemas legislativos, terminologia e web semântica na organização e representação da informação legislativa. Brasília, 405 f., 2005. Tese (Doutorado em Ciência da Informação) - Universidade de Brasília, Brasília, 2005.

FISCHER, H. Clareza em textos de e-gov, uma questão de cidadania. Rio de Janeiro: Com Clareza, 2018. 84 p.

FISCHER, H. Primeiros passos para uso de Linguagem Simples. Escola Nacional de Administração Pública. Rio de Janeiro: Comunica Simples, 2020. Curso (8 h.).

GUDUMAC, I. Da dificuldade de traduzir textos jurídicos: um enfoque funcionalista. Lisboa, 115 f., 2011. Dissertação (Mestrado em Estudos Ingleses e Americanos) -Universidade de Lisboa, Lisboa, 2012.

GUIMARÃES, J. A. C. et al. Los valores éticos en Organización y Representación del Conocimiento (ORC). In: LA INTERDISCIPLINARIEDAD y la transdisciplinariedad en la organización del conocimiento científico: Actas del VIII Congreso ISKO-España. León: Universidad de León, 2007, p. 77-89.

HAGAN, M. Legal Design as a thing: a theory of change and a set of methods to craft a human-centered legal system. MIT Design issues: the rise of Legal Design, Cambridge, v. 36, n. 3, p. 3-15, 2020. Special issues.

HAGAN, M. Open law lab: a blog by Margaret Hagan. Stanford, c2022. Disponível em: https://www.openlawlab.com/. Acessoem: 4 jan. 2022.

HAGAN, M. Plain language & Legal Design. Open law lab: a blog by Margaret Hagan. Stanford, 2015. Disponível em: https://www.openlawlab.com/2015 /02/09/plain-language-legal-design/#. Acesso em: 24 jan. 2022.

HJØRLAND, B. Fundamentals of Knowledge Organization. Knowledge Organization, v.30, n.2, p. 87-111, 2003.

HJØRLAND, B. Semantic and knowledge organization. Annual Review of Information Science and Technology (ARIST), v. 41, n. 1, p. 367-405, 2007. Cap. 8.

IDEO Global Libraries. Design thinking para bibliotecas: um toolkit para design centrado no usuário. Tradução: Adriana Maria de Souza. FEBAB: São Paulo, 2017.

ISO - INTERNATIONAL ORGANIZATION FOR STANDARDIZATION. ISO 704: terminology work: principles and methods. 3. ed. Genebra: ISO, 2009.

KIMBLE, J. Writing for dollars, writing to please. The Scribes Journal of Legal Writing, [s.l.], p. 1-38, 1996-1997.

KOBASHI, N. Y; SMIT, J. W; TÁLAMO, M. F. G. M. A função da terminologia na construção do objeto da Ciência da Informação. Datagramazero, Rio de Janeiro, v. 2, n. 2, abr. 2001.

LARA, M. L. G. Conceitos de organização e representação do conhecimento na ótica das reflexões do Grupo TEMA. Informação & Informação, Londrina, v. 16, n. 3, p. 92-121, jan./jun. 2011.

LARA, M. L. G. Linguagem documentária e terminologia. Transinformação, Campinas, v. 16, n. 3, p. 231-240, set./dez. 2004.

LARA, M. L. G. Linguística documentária: seleção de conceitos. São Paulo, 183 f., 2009. Tese (Concurso de habilitação à livre-docência da Escola de Comunicação e Artes) - Universidade de São Paulo, São Paulo, 2009.

LARA, M. L. G. Propostas de tipologias de KOS: uma análise das referências de formas dominantes de organização do conhecimento. Encontros Bibli: rev. eletrônica de biblioteconomia e ciência da informação, v. 20, n. esp., p. 89-107, fev. 2015.

LE GUERN, M. Sur les relations entre terminologie et lexique. Meta, Montreal, v.34, n.3, p.340-343, sept. 1989.

LEGAL DESIGN LAB. Stanford Legal Design lab. Legal Design Lab: a new generation of legal services & leaders. Stanford, c2022.

LIEDTKA, J.; OGILVIE, T. A magia do design thinking. Rio de Janeiro: Editora Alta Books, 2019. 226 p. (e-book).

LIMA, G. A. B. O.; MACULAN, B. C. M. S. Estudo comparativo das estruturas semânticas em diferentes sistemas de organização do conhecimento. Ciência da Informação, Brasília, v. 46, n. 1, p. 60-72, dez. 2017.

LOPES, E. A linguística saussuriana: uma teoria contextual e não-representacional da significação. Alfa: Revista de Linguística, São Paulo, v. 33; p. 1-7,1989.

LOPES, Edward. Fundamentos da linguística contemporânea. 20. ed. São Paulo: Cultrix, 2008.

NASCIMENTO, L. M. B.; GUIMARÃES, J. A. C. Documento jurídico: a ótica da diplomática. In: PASSOS, Edilenice (org.). Informação jurídica: teoria e prática. Brasília: Thesaurus, 2004. p. 33-77.

PASSOS, E. O controle da informação jurídica no Brasil: a contribuição do Senado Federal. Ciência da Informação, Brasília, v. 23, n. 3, p. 363-368, set./dez. 1994.

PASSOS, E.; BARROS, L. V. Fontes de informação para pesquisa em direito. Brasília: Briquet de Lemos, 2009.

RABELLO, R. Apontamentos sobre a dimensão social e disciplinar do processo de organização do conhecimento. In: ALBUQUERQUE, Ana Cristina de; ARAKAKI, Ana Carolina Simionato (org.). Questões teórico-epistemológicas para a Ciência da Informação: possibilidades e contribuições. Ijuí: Unijuí, 2020, p. 45-60.

SANO, H. Laboratórios de inovação no setor público: mapeamento e diagnóstico de experiências nacionais. Brasília: ENAP, 2020. 45 p. (Cadernos ENAP; 69).

SAUSSURE, F. Curso de linguística geral. 27. ed. Organizado por Charles Bally e Albert Sechehaye, com a colaboração de Albert Riedlinger; tradução de Antônio Chelini, José Paulo Paes, Izidoro Blikstein São Paulo: Cultrix, 2006.

SILVA, A. G. Informação legislativa ao alcance do cidadão: contribuição dos sistemas de organização do conhecimento. Escola de Comunicações e Artes, 229 f., 2015. Tese (Doutorado em Ciência da Informação) - Universidade de São Paulo, São Paulo, 2015.

SOUZA, S. T. Modelagem de domínios em Sistemas de Organização do Conhecimento (SOC): uma investigação em tesauros e ontologias para a informação legislativa. Escola de Ciência da Informação, 327 f., 2017.

STANFORD UNIVERSITY. The Legal Design Lab. Stanford Law School. Stanford, c2022. Disponível em: https://law.Stanford.edu/organizations/pages/legal-design-lab/. Acesso em: 4 jan. 2022.

TÁLAMO, M. F. G. M.; LARA, M. L. G. Interface entre Linguística, Terminologia e Documentação. Brazilian Journal of Information Science, v. 3, n. 2, p. 58-74, jul./dez. 2009.

TÁLAMO, M. F. G. M.; LARA, M. L. G.; KOBASHI, N. Y. Contribuição da terminologia para a elaboração de tesauros. Ciência da Informação, Brasília, v. 21, n. 3, p. 197-200, set./dez. 1992.

UNITED STATES GOVERNMENT. Federal plain language guidelines. Washington, DC: Plainlanguage.gov, 2011. 117 p.

VIANNA, M. et al. Design thinking: inovação em negócios. 2. ed. Rio de Janeiro: MJV, 2018.

Downloads

Publicado

2023-08-15

Como Citar

Rosado, K. M., & da Consolação Dias, C. (2023). Movimentos internacionais de inovação no domínio jurídico e a relevância de seus princípios para a sociedade e para a área de Organização e Representação do Conhecimento. Fórum De Pesquisas Discentes Do Programa De Pós-Graduação Em Gestão E Organização Do Conhecimento (FORPED PPGGOC), 4(4), 1–13. Recuperado de https://forped.eci.ufmg.br/revista/forped/article/view/96

Edição

Seção

Organização e Representação da Informação e do Conhecimento

Categorias